Onde mora a memória obscura

Onde mora a memória obscura, onde
esse cavalo persiste como um relâmpago de pedra,
onde o corpo se nega, onde a noite ensurdece,
caminho sobre pedras na minha casa pobre.

Não conheço esse lago, não fui a esse país.
Mas aqui é um termo ou um príncipio novo.
Com a baba do cavalo, com os seus nervos mais finos
reconstruí o corpo, silênciei os membros.

Não se estancou a sede, no mesmo caos de agora,
mas a língua rebenta, as vértebras estalam
por uma nova língua, por um cavalo que una


a terra à tua boca, e a tua boca à água.

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