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Todas as coisas têm um espaço mas quais os laços

Escrevo para unir mas em cada sílaba separo

A terra era pesada como uma porta espessa

Uma linha apenas uma sinuosa linha

Pátria é uma palavra que podemos dizer

Chamo pátria de profundas veias

O instante do silêncio

A matéria do desejo

No jardim

Já disse tantas vezes o que disse

Não podemos dizer

Já todos os meus gestos têm a geometria de um desenlace

À minha primeira questão Quem sou eu?

Quero ser outro e é outro que eu me vejo

Agrípia

Cerealina

Passa uma ave de sombra

Todo aquele que abre um livro entra numa nuvem

Deita-se num copo minúsculas constelações

Não desisti de habitar a arca azul

Navegava no navio da matéria

Tu procuras saber